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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

MONSTROS SOCIAIS

Já está um grande alvoroço esta semana em todos os meios de comunicação por conta do julgamento de Linderberg, como já sabemos este cidadão executou friamente a namorada com um tiro à cerca de dois anos atrás, e tornou-se grande atração do cenário jornalístico e criminal.Diante de casos como estes, graças à Deus, ainda vejo indignação nas pessoas, mas é importante ressaltar, que como o caso de Eloá existem diversos, não há quem não conheça alguém que já tenha passado por situação semelhante com desfechos parecidos ou não, o fato, é que mesmo diante de tantos direitos conquistados em diversos campos de atuação feminina, tal comportamento ainda é visto como “aceitável” pela sociedade, como se fossemos obrigados a conviver e entender atos de extrema covardia e intolerância quanto aos direitos das pessoas, não que a sociedade aprove ou incentive, mas é inegável dizer que, a ainda existente visão machista do mundo contribui e estimula atos como este.
Quando se trata dos direitos femininos isto se torna ainda mais complicado, as emancipações arduamente conquistadas não possuem valor algum, valores como respeito e admiração simplesmente não fazem parte da formação filosófica de tais indivíduos, que sem o mínimo de caráter preza apenas em estabelecer conforto para o próprio ego, esquecendo-se até mesmo do respeito à vida humana. Assim a partir dessa postura violenta e egoísta estes “ladroes de sonhos” causam rupturas profundas, e não apenas em suas vitimas, mas em suas famílias, que são cruelmente desfeitas, desmembradas sem piedade ou apenas humanidade. Comportamentos assim refletem a sociedade machista e opressora em que vivemos, a qual não se aprende que a vida nos dirá milhares de “nãos” e mesmo sem concordar, devemos aprender com eles, e não forçar as pessoas a corresponder as nossas expectativas seja qual for sua natureza.
Como este, podemos citar também outros casos de assassinos cruéis como Pimenta Neves, Guilherme de Pádua, Igor Ferreira, além de outros anônimos que jamais terá a visibilidade nacional que estes tiveram, é só olhar as paginas policiais dos jornais, mas se quer ver algo realmente chocante e assustador, é só pesquisar nas delegacias e confirmar o quanto estes crimes são mais “comuns” do que imaginamos, é possível afirmar que os números são assustadores.
Mas de quem é a culpa¿ O que fazer para impedir tais crimes¿ Esta certamente é uma resposta que nem eu, nem ninguém poderá responder ao certo, o que poderá acontecer são especulações e sugestões a partir de estudos psicológicos que talvez possa direcionar algumas ações, mas certamente não valerá para todos os casos.
Arrisco-me a dizer que tudo pode estar ligado a conduta social e moral, e a ideia de que alguns são superiores a outros, de que o dinheiro tudo compra, e que os mais “fortes” em qualquer aspecto, sempre será o detentor do poder e o senhor da verdade e da vida. Sob esta visão prevalece a ideia de que as pessoas não são livres verdadeiramente e jamais serão donas de suas vontades, deverão sempre se curvar diante das vontades de seus opressores ou serão severamente castigadas, simplesmente não podem ter o direito de ter escolhas.
Falta o amor, puro e simplesmente, este sem o “poder”, poder sobre as pessoas, sobre os sentimentos, sobre a vida alheia, este poder vendido e almejado pela mídia que idolatra a desumanização em prol do dinheiro sob promessas fáceis e mentiras viril, apenas o amor por um sorriso verdadeiro e o bem estar do ser amado, seja como for, apenas deveríamos amar o próximo como a si mesmo, assim tudo estaria solucionado.

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