A
intolerância do homem diante de seu semelhante é realmente algo assustador, e
isto se estende ainda com mais intensidade quando se trata de homens e
mulheres, o “sexo frágil” mesmo diante de tantas conquistas no mercado de
trabalho, estudos e conhecimentos, e que muitas vezes é o novo chefe da
família, ainda sofre muito os efeitos de uma cultura machista que oprime a
mulher usando a lei do mais forte.
O
caso de Mércia Nakashima é um exemplo claro de um homem que não contente com um
NÃO, decide tirar a vida da sua ex-namorada, a ofende moralmente no tribunal e
ainda quer ser considerado um coitado traído e enganado, como se isto fosse motivo
para decidir se alguém deve morrer ou continuar vivendo.
Desprezo!
Creio que é isto que Mércia sentia por este homem, alguém que tem atitudes
dessa natureza com certeza deu indícios dessa personalidade fria e repugnante
durante o relacionamento do casal, uma pessoa dominadora e cruel que tenta
impor a própria vontade sobre outra pessoa.
Mas
para a nossa tristeza infelizmente este não é um caso isolado, são homens e
mais homens que matam se dizendo amar, praticam crimes como se fosse comum,
quando na verdade é inaceitável e indecente tal comportamento, é preciso que os
homens aprendam que perdas desse tipo fazem parte da vida, e só.
No
caso deste Mizael, a covardia é motivo de comoção entre a opinião publica, pois
se trata de um homem conhecedor das leis e suas inúmeras brechas, assim fica
mais fácil se livrar das possíveis punições. Além disso, a arquitetura do crime
é algo que causa revolta, cada passo foi estudado minuciosamente como um filme
de ação, como se ele fosse o diretor, como se fosse Deus.
Não
consigo dimensionar o que é pior se não saber o andamento de um julgamento de
tamanha magnitude e importância social, ou se é presenciar advogados sem
escrúpulos para defender atos inadmissíveis a seu semelhante, claro que a ética
é algo a ser respeitado, mas e a vida também não deveria?
As
leis precisam ser mais severas, trata-se da necessidade de mudança e reconhecimento
dos direitos da mulher como cidadã, afinal atos como este fortalecem o machismo
e a intolerância diante de situações banais como o fim de um relacionamento que
não deu certo.
Acredito
que casos como este servem como exemplo, e funcionam como um termômetro de
tolerância social, é a partir de situações assim que notamos como a sociedade
reage as certas situações, e é desse modo que acontecem estímulos como o da
pergunta: O crime compensa?
Somos
condicionadas a viver sob uma cultura podre e mesquinha que acredita que pode
possuir alguém a ponto de decidir se este alguém deve viver ou morrer. Espero que
este julgamento seja um exemplo para que casos como estes parem de se repetir
de forma natural. Matar não é aceitável, é um crime! A justiça precisa acontecer,
e que um exemplo de punição severa ilustre que não possuímos pessoas, mas cada
ser possui desejos e vontades e estas precisam ser aceitas.
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