Em
meio a tanta violência em São Paulo fica difícil sentir-se seguro. A verdadeira
guerra travada entre agentes da lei e membros do crime organizado condenam a
sociedade do “bem” a se trancafiarem em casa temendo a extinção da própria
vida.
Diversas
pesquisas de cunho social ilustram que a primeira preocupação dos cidadãos não
é saúde, educação, ou até mesmo dinheiro, mas sim a segurança. Esta realidade
nos induz a refletir quanto a importância da segurança para a sociedade, e que
sem ter o direito, e a garantia de ir e vir se torna impossível qualquer tipo
de produção de trabalho, estudo, ou qualquer tarefa, tudo fica inviável.
Sã
Paulo vive atualmente um estado de alerta no que diz respeito a segurança, e
esta situação nada tem de novidade, há alguns
anos passamos por uma onda semelhante de crimes, e nada de preventivo foi feito
para que não se repetisse, agora sentimos na pele as consequências deste
desleixo das autoridades em diversos aspectos que diretamente ou indiretamente
nos afeta neste campo.
Entre
medos, indignação e revolta ouvi comentários de pessoas dizerem que sentiam
falta da ditadura militar, em que bastava ser trabalhador para ter a sua
segurança garantida pelas autoridades. Então me peguei ainda mais apreensiva,
como podemos sentir falta da repressão, pensar em abrir mão dos direitos
conquistados e da livre expressão ¿ Diante disso Percebi que o responsável por
isto é o desespero que vem se alastrando pelas ruas, e o medo cega até os mais
estudiosos e éticos.
E
como se sentir seguro pelos policiais, já que estes estão entre os
protagonistas desta guerra, os defensores da população são os principais alvos
destes terroristas nacionais, ao qual a população se distancia por medo de
ataques.
A
sociedade sente-se refém de tantas atrocidades, e a insegurança e despreparo
transmitido pelo Estado gera ainda mais temor da população, que se priva de
sair de casa, teme por seus entes queridos e percebe o quanto está de mãos
atadas diante de um assunto que compromete o seu bem estar e a sua própria
vida.
Sinto
como se os civis precisassem se acostumar com o terror e aprender a viver sendo
repressor de si mesmo enquanto bandidos e mocinhos brincam de bang bang em que
os mortos durante o confronto são apenas figurantes, mas infelizmente não
estamos em um filme de faroeste, aqui é vida real, e as pessoas estão morrendo
de verdade.
Além
da ação ligada ao crime organizado é preciso combater a corrupção, o trafico, e
isto de forma rigorosa, mas o dinheiro disponível parece invisível, é como se não
víssemos as verbas direcionadas para estes fins, são policiais correndo risco
de vida por um salario vergonhoso, e meninos se perdendo para o crime ainda
enquanto adolescentes.
Precisamos
de resultados, a justiça precisa ser ofensiva e deixar claro que o crime não
compensa, e é lógico que é preciso medidas preventivas principalmente em
lugares em que o índice de criminosos é maior. A vida esta banalizada, a
insegurança nos acompanha no dia a dia e precisa ser combatida verdadeiramente
pelos responsáveis, ou coisas piores podem acontecer, e de verdade ninguém
deseja isto.
Texto: Grazy
nazario.
Verdade, estamos nós sentindo tão desprotegidos nesta capital considerada o polo da economia brasileira. Experiência própria o medo esta tomando conta da sociedade, estamos sem saber como nos proteger, a qualquer momento podemos levar um tiro e morrer pela violência desse país.
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