Os
apreciadores do futebol brasileiro infelizmente não estão tendo bons motivos
para ir freqüentar as arquibancadas, distante de um bom futebol, a grande
campeã dos noticiários é a violência dentro e foras das arquibancadas, a cada dia
criando modos de burlar a segurança, torcidas uniformizadas insistem em aterrorizar
as partidas de futebol, afastando dos estádios o publico familiar e
consolidando a imagem de guerra durante as competições.
Não
é de hoje que os torcedores do bem, ou seja, pessoas que desejam prestigiar o
seu time e assistir a uma partida de futebol como forma de entretenimento se exclui
deste tipo de diversão, e muitas vezes quando pensam em assistir porque
realmente gostam, optam por escolher jogos “menos perigosos”, que são jogos com
adversários de clubes pequenos, que geralmente não tem uma torcida grande e
violenta. Levar criança então é
preocupação na certa, sem contar que a própria torcida do seu time pode brigar
entre si, o que torna o problema ainda maior.
No
ultimo clássico entre Corinthians e São Paulo o publico ficou perplexo meio a
um jogo de pouco futebol arte, e uma apresentação lamentável de violência
gratuita. As cenas se misturavam entre torcedores que provocavam policiais e apanhavam,
outros que tentavam fugir da bagunça, além de crianças protegidas por pais desesperados
à procura de uma saída.
Como se fossem gladiadores em suas arenas
brigando por ninguém, sem motivo ou razão, os torcedores da “gangue” organizada
e uniformizada mais uma vez roubaram cena, fato que somente ilustra a violência
ainda existente nos estádios de São Paulo, que se espalha pelo Brasil e
demonstra o quanto estamos despreparados para eventos de pequeno porte como um
campeonato nacional, imagine para sediar o maior evento esportivo do mundo.
Na
verdade enquanto não existirem punições sérias neste país é certo de que nada mudará,
o que deveria ser diversão familiar é sinônimo de medo, e os bons torcedores se
rendem a covardia de bandos que se importam com uma rivalidade inútil que em
nada acrescentam nem a sua própria vida ou a seu clube, trata-se de imbecis desocupados
que frequentam estádios dispostos a matar ou morrer.
Ninguém
é obrigado a gostar do meu time,assim como eu não preciso torcer pela escuderia
que outro defende, cada torcedor com seu hino, a sua camisa e a sua história
ama e vibra por seu clube, o importante é apreciar o esporte, e se divertir ou
sofrer com as suas glorias e derrotas. Alias são as diferenças e rivalidades
que torna o futebol tão fascinante. Com certeza não é a opinião que carregamos
sobre um ou outro time que fará alguém mudar de idéia, e o fato de participar
ou não de uma torcida organizada não o faz melhor ou pior como torcedor, cada
um em sua intensidade contribui para o coro de sua torcida.
O
torcedor deve ter o direito de ir ao estádio e sentir a emoção inexplicável de
assistir ao vivo o jogo de seu time e não sofrer por não ser unanimidade (como
nenhum é). Na era da tecnologia em que nada foge as lentes indiscretas
da imprensa, é tempo de
justiça, chega de excluir os bons, que os errados saiam dos estádios e
não os incomodados com seus erros. Os responsáveis, clubes e organizadores
devem ser penalizados para que o exemplo de respeito e civilidade seja cumprido
como se deve.
Por Grazy Nazario. – Mtb.
74588/SP.
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