Por
outro lado também seria interessante destacar as grandes conquistas dos últimos
séculos, mencionar as grandes filosofas da historia, estas que à poucos séculos
seriam facilmente consideradas bruxas e com certeza queimariam em alguma
fogueira por ai, como já aconteceu com tantas guerreiras. As vitorias são demasiadas
importantes, vamos desde direito ao trabalho, estudo, voto, decisões importantes
quanto ao próprio corpo entre outras, conquistas assim são a garantia de que a
luta funciona, e que a sociedade pode ser transformada.
Neste
cenário é difícil dimensionar quem é a mulher contemporânea. Talvez ela tenha
se tornado uma maquina de trabalhar para sustentar a nova alça do capitalismo, ou
somente um sexo frágil tentando se tornar apresentável neste mundo tão
masculino, ou apenas mais um objeto a ser analisado em alguma prateleira do Ocidente
ou Oriente. O fato é que as definições se espalham e aos poucos inundam a nossa
realidade mesmo sem o consentimento dos não tão beneficiados com isso.
Na
labuta diária de ser mulher desde sempre vivemos na luta constante e interminável
contra si mesma diante de tudo o que se nos foi ensinado como absoluta verdade,
sem mencionar as oscilações hormonais, condições emocionais e responsabilidades
sobrenaturais. Não é fácil conviver em uma sociedade machista e enrustida que
acredita que queremos “brincar de ser homem”. Diante de uma cultura errônea e
preconceituosa aceitam o inevitável goela abaixo, como se fossemos um inimigo obriga
a dividir o seu espaço, que na verdade sempre lhe pertenceu. Difícil ser visualizada
como contribuinte e não como usurpadora.
Mas
é um dia de festa, então comemoramos no 8 de março cada escolha individual, expressão
e bravura, a cada mulher que a partir de sua vida faz a diferença para o mundo,
e que isto se prolifere, assim que em cada lar a coragem e a vontade de crescer
seja o combustível da juventude e a chave para o fim das discriminações e o
respeito as diferenças.
Assim
na era contemporânea destacamos o ser Mulher como carregar em cada célula do
corpo grandes sonhos e transformações constantes, ser capaz de conquistar a si
mesma todo momento e se perceber como algo além do que lhe fora designado. Em
cada canto do mundo que prossigam as mudanças, e se a cultura não permitir, que
se mude a cultura ou as pessoas. Que a cada dia cresça o orgulho de ser mulher,
e que a busca não cesse.
E
quando os que se beneficiam da fragilidade construída sobre as mulheres sentirem
falta da submissão, por não se acostumarem com a nova realidade que os cerca?
Aí já não é um problema meu!
Por:
Grazy Nazario. MTB. 74588/SP.
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