Nesta semana dos professores vivi uma seção de nostalgia,
talvez o fato de estar inclusa neste quadro alimentou um pouco esta ideia de
pensar na importância deste profissional mais que essencial em nossas vidas.
Ainda me lembro da
minha primeira professora, seu nome era Elza, no meu primeiro dia de aula,
revejo em minhas lembranças o medo que senti naquela manhã da professora
japonesa que falava rápido e tentava controlar uma sala de aula com cerca de
quarenta alunos na escola estadual em que estudei.
Naquele tempo, que alias nem faz tanto tempo assim, o
professor era alguém mais que respeitado ou admirado, os professores eram
idolatrados, não que isto seja bom ou ruim, não penso ser necessário fazer bajulações
para alguém por exercer a sua função de trabalho e contribuição para o quadro
social de uma nação, mas o respeito empregado a tal profissão, e o legado construído
a partir disso realmente era visto como algo valioso.
Não consigo entender ou dimensionar o desinteresse atual de
grande parte dos estudantes, em algumas tentativas me arrisco a dizer que entre
os motivos está a revolução digital e tantas outras transformações acontecendo
neste século XXI, enquanto o nosso ensino ainda esta no século passado, e que
incentivos reais de diversas naturezas
também seriam bem vindos, além de detalhes importantes como a mudança de modelo
familiar, apelos das mídias visando apenas o capitalismo, entre tantos outros
fatores não menos importantes.
O fato é que a relação entre professores e alunos mudou
radicalmente desde que fui alfabetizada por minha querida professora Elza, que
me ensinou o Beaba, aguçando a minha curiosidade de ler e aprender, e que mesmo
sempre chamando a minha atenção por eu ser uma aluna faladeira me incentivou ao
amor à escrita e a leitura, que hoje realizo com prazer.
Sou grata não somente a quem me ajudou nos primeiros passos
nesta brincadeira de expressar com palavras as alegrias, tristezas,
experiências e sabores da vida, sou grata a cada professor que gostou ou não de
meus trabalhos, ou do meu comportamento, que me criticou ou chamou minha atenção
em varias situações, mas que esteve comigo contribuindo para a construção de cada
pedaço do que me tornei, e me torno a cada dia.
Tenho certeza que cada um de nós tem seus professores favoritos
e outros nem tanto, mas que conseguimos reconhecer a importância até dos mais
implicantes em nossa jornada existencial. Creio que devemos ter em nossas
mentes que todos somos um pouco professor e eternos alunos de nossas vidas, e
que o aprendizado é infinito e é a única coisa que nos pertence de verdade.
E mesmo diante da
crise educacional que estamos vivendo sei que colheremos bons frutos, acredito
de verdade no futuro da nação. E só para constar, esta perseverança que por
vezes transborda em minhas palavras e condutas também foi algo plantado por
alguém, advinha quem ?
Professores, Obrigado sempre!
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